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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

Ano novo na praia. 1º (e último) Planeta Atlântida. O verão mais quente de todos. 3º semestre. Jornalismo Impresso I. Trio. Agência A4. Novos bixos, novos amigos. Velhos amigos somem. Telejornalismo. Casamento. Despedida. 5ª Edição do Focas do Q?. Fonte internacional. Copa do Mundo. Derrota na Copa do Mundo. Orgulho de ser brasileiro. Trio. Rio de Janeiro. Reencontro. Despedida. Cristo Redentor. Pão de açúcar. Primas. Ótimas companhias de viagem. Globo – Projac. Reencontro “inesperado”. Despedida². Cobertura online via twitter.Saudade. 4º semestre. Maurício Kubrusly. Fotojornalismo II. Cobertura da Feira do Livro. Chuva. Trio. Agência A4. Jornalismo. 3º Bate-Papo Pilhado. 6º Focas do Q?. Cases. Sonhos. Trio. 15 anos³. Semana Acadêmica. Amigos. Cansaço. Certeza de dever cumprido. Viva Unisc. 2 anos de Olimpíada. Saudade. Inveja. Emoção. Medo. Dúvida. Alto QI. TOC. Planos.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Família A4

Todos nós temos aquele lugar para chamar de segundo lar, o meu é a Agência A4. Comecei o voluntariado lá como uma legítima foca. Estava no primeiro semestre de jornalismo, fazia apenas duas disciplinas e nem sabia o que era um lead. Mas a vida é cheia de desafios, e é na necessidade que se aprende.

Quatro semestres já se passaram e eu posso dizer que fiz muita coisa por lá. Como esquecer da primeira entrevista, com o Bira Dornelles, produtor do Lobão? Impossível esquecer as coberturas da Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, abaixo de chuva, mas sempre tão divertidas e produtivas. E a decepção com o global Maurício Kubrusly? E as coberturas via twitter, que excediam o número de postagens? E ainda as duas últimas Semanas Acadêmicas, com  todos os imprevistos, correrias, cansaço? Essas coisas marcam porque são positivas. É com elas que ganhamos experiência e das quais temos muitas histórias para contar. Mais do que isso, estar na Agência A4 é fazer parte de uma família.

Quando eu conto para alguns amigos que eu saí de casa às 15:00, passei por quatro ônibus para chegar na Unisc, eles não entendem. Eu entendo. Eu vou porque me sinto bem lá, porque lá tenho amigos de verdade, tem diversão, tem trabalho sério, tem uma equipe unida e que sabe trabalhar junto. A integração reina naquelas salas. Digo naquelas salas, plural, pois me refiro também aos outros núcleos, RP e Mídia.


E as nossas festinhas? Como bem escreveu a Spilimberguinha, "traz a tua cadeira e junte-se a nós". Um litro de refrigerante e uma torta são mais do que suficientes para uma boca-livre na agência, para aquela "junção" especial de comunicadores. A cobertura foi um sucesso? Bora comemorar! Tudo é motivo para festa. Tudo é motivo para matéria. tudo é motivo para cooperação.


Hoje eu não sou mais voluntária, sou bolsista. Porém bolsistas tem "prazo de validade", e quando o meu acabar, não abandonarei a A4, voltarei a ser voluntária. Afinal, lá é minha segunda casa. É lá que tá a minha segunda família.



Sem título

Ela ainda era pequena, devia ter uns oito anos, quando parou na janela do quarto dos pais e olhou para o morro. Apesar de morar naquele lugar há pouco tempo, a garotinha chorou. Chorou, disse para a mãe, porque não queria nunca ter que sair daquela casa. Não se imaginava em outro lugar. Chorou porque já havia se apegado a tudo aquilo que a cercava.
Hoje ela olhou pela mesma janela, mas não viu mais o morro. Ele foi encoberto pela plantação de eucaliptos. Mas dessa vez ela não chorou. Embora  a garotinha, hoje uma mulher, achasse triste não ver mais o morro, ela não estava triste por um dia ter que sair de lá. Sair de lá era tudo o que ela queria naquele momento.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

And two years later...

Trechos de emails trocados nas últimas semanas:

"Quero que saibam que eu ainda lembro de todos com muito carinho e que vocês fazem parte de algo que mudou minha vida."


"Lembra de como tudo foi mágico? Os almoços, os jantares, os passeios, a festa, as filas nos telefones públicos, aqueles três dias que marcaram para sempre as nossas vidas."

"Ai , queria escrever um monte de coisas fofas, mas tô morrendo de sono!
enfim, amo vocês, to com saudade, queria reencontrar todos de novo e zzZZZZ..."


"Saudades de vocês, é isso que carrego comigo, cada história, cada rosto, tudo levo comigo em minhas recordações."


"Me sinto em alguns instantes pensando que foi um sonho e que tudo isso não passou de minha imaginação. Porém, quando vejo as fotos percebo que tudo foi a realização de um grande "sonho"."


"Sim, pois graças a ela eu,esse pobre e humilde baiano do interior teve  a oportunidade de sonhar.....de ver que o conhecimento vale muito,e, principalmente,de sonhar com um futuro melhor do que o interior da Bahia pode nos oferecer.....me ensinou a  ousar,me ensinou que podemos sim sonhar cada vez mais alto..."


"Não posso esquecê-la, ela mudou minha vida... Não porque eu tenha ganhado alguns prêmios e viagens, isso é fácil de conseguir; não porque eu tenha ganhado “prestígio” (embora que temporário) diante das pessoas com as quais convivo, isso se consegue com pouca coisa (principalmente quando se mora no interior); não porque eu tenha provado que sou capaz de escrever e de bem argumentar, eu poderia provar isso de várias maneiras, bastaria estudar. O que mudou minha vida foi o simples fato de ter conhecido tantas pessoas legais como vocês!"


"O que me marcou foi saber que existem jovens que são capazes de criar vínculos de amizade com pessoas que nunca viram apesar de tantas diferenças existentes entre nós e o lugar de onde viemos... É bom ver que também existem jovens que acreditam que esse país pode ser diferente, que vale a pena acreditar na educação pública, acreditar em nós mesmos..."


"Conhecer um pouco da realidade de cada um, de cada cidade, cada dificuldade, cada caracteristica é algo que marca muito, e sem dúvida, o fato de ser esse evento um momento de mostrar e divulgar os excelentes trabalhos que a escola pública do Brasil pode fazer é o que me faz ter esperança!!"


"É difícil ter pessoas tão parecidas comigo e ao mesmo tempo tão longe. Ainda mantenho amigos fora do comum, sim, isso mesmo, eles são diferentes de tudo aquilo que eu esperaria de uma amizade construída na superficialidade do computador, eles me passam calor como se estivessem aqui do meu lado, como se fossem meu amigos próximos mais próximos, quando na verdade eles são os próximos mais distantes. Falo deles como se os tivesse visto ontem na pizzaria enquanto eu percorria algum caminho trivial e constante, eles invadem minha rotina. Quando olho para trás, ainda perplexo com tudo que aconteceu, lembro da felicidade incomensurável que senti naqueles dias, uma experiência tão indescritível quanto a maioria dos sentimentos."



"Palavra nenhuma será suficiente para que um terceiro compreenda a verdadeira magia."


"Entretanto quando vejo as Amizades que nasceram durante a OLP, tudo isso fica para segundo plano. Como é maravilhoso perceber que apesar das distâncias, do passar do tempo e da correria do dia-a-dia, amizades verdadeiras sempre são lembradas em todos os instantes. Me lembro de tantos fatos que poderia pontuar alguns: [...] A conversa de 5 minutos que tive com a Vanessa e que fez surgir nossa Amizade[...]Como é bom saber que posso contar com Amigos como vocês".

"Dá pra esquecer?"

terça-feira, 23 de novembro de 2010

"Sobre o alucinado ofício do jornalismo"

Entre os últimos livros que eu comprei está "A arte de Fazer um jornal diário", do Ricardo Noblat. E logo no início, a epígrafe, de Gabriel García Márquez, me chamou a atenção. Reproduzo abaixo, o trecho:

"Pois o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e torná-lo humano por sua confrontação descarnada com a realidade. Ninguém que não a tenha sofrido pode imaginar essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida. Ninguém que não a tenha vivido pode conceber, sequer, o que é essa palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo das primícias, a demolição moral do fracasso. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderá persistir num ofício tão incompreensível e voraz, cuja obra se acaba depois de cada notícia como se fora para sempre, mas que não permite um instante de paz enquanto não se recomeça com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."


Preciso dizer mais alguma coisa?

sábado, 6 de novembro de 2010

Tão longe e tão perto

As pessoas se habituam a ver nos telejornais, ler nas revistas e periódicos muita coisa triste. É triste saber que alguém do outro lado do país foi assassinado, causa indignação ver famílias que tem suas casas invadidas. As agressões são revoltantes, as doenças te fazem refletir. Mas são coisas de momento, afinal, você não tem nada a ver com isso. Não são teus pais, familiares ou amigos que passaram por aquilo, são apenas desconhecidos. No entando, chega um dia em que você entra em casa, está tudo "revirado" e ainda percebe que estão faltando algumas coisas. Investiga um pouco, e descobre que foi alguém muito próximo à você que fez aquilo, alguém você vê no outro dia de manhã e é obrigado a desejar um bom dia, como se nada tivesse acontecido. Ou então seu pai chega em casa e conta que, aquele cara que um dia te apresentou os Mamonas, um parente distante, foi assassinado com um tiro nas costas, e nada é feito. Chega o dia em que, aquele vizinho drogado, tenta esganar uma pessoa da sua família, só porque ela estava tentando ajudá-lo. Um dia você acorda no mundo real. Chega o dia em que é preciso enfrentar a realidade.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A mitificação do gaúcho

Em meio a uma arrumação no meu quarto, encontrei um recorte de jornal, o qual eu guardei para reproduzir aqui no blog. Ele fala sobre a história do gaúcho, como o gaúcho se vê e o que ele realmente é. Ótimo texto, de Dilan Camargo.



O texto abaixo foi publicado no dia 20 de setembro deste ano,  na Zero Hora.

Como ser histórico, o gaúcho é o tipo humano surgido da fusão das populações originárias do Pampa, os indígenas ( Charruas, Minuanos ) e os portugueses e espanhóis ( soldados, marinheiros, aventureiros ) dos desgarrados de todo tipo. Não tinham propriedade, família, nem endereço fixo. Nômades, assim como os indígenas. Carregavam o que precisavam no lombo de um cavalo. O gaúcho rio-grandense é o ser antropológico resultante de um período evolutivo de três séculos, nesta região meridional. 1600 – Missões Jesuíticas / 1700 – Povoação Portuguesa. E, especialmente, 1835, com a Guerra dos Farrapos. Nesse período deu-se a fusão definitiva do “campeiro-soldado”. Um homem que precisou lidar com o gado e ao mesmo tempo lutar com as armas.

Hoje, esse gaúcho é o campeiro, o peão de estância. Sobrevive também nos arrabaldes, nas cercanias das cidades, principalmente nas da fronteira-oeste. Esse é o chamado “gaúcho-a-pé”, que vendeu os arreios, perdeu o seu cavalo, e teve que sobreviver aprendendo a fazer de tudo, mas que mantém intacta uma alma e um modo de ser. Foi retratado magistralmente na trilogia de Cyro Martins. Ainda conserva algumas das características típicas dos indivíduos do campo, mas que já sofre o assédio cultural da globalização, primeiro através do radinho de pilha, e agora pela onipresença da televisão.

Sem o Pampa, o gado, o cavalo, as estâncias, e as guerras, ele não existiria. Constituiu a sua natureza original e proveu sua forma de subsistência antes ainda do cercamento dos campos. Um viramundo, um vagamundo. Forjado pelos ventos frios do inverno e pela exuberância pastoril da primavera. Um general latino-americano disse que “nenhum homem é prudente montado num cavalo”. Ver as paisagens e o mundo em cima de um cavalo tornou-o altivo e auto-confiante, desafiador do destino.

Nessa relação com a natureza e os animais, ele formou os traços particulares do seu caráter. Um forte individualismo. Uma autonomia de espírito e firmeza de convicções. Senso agudo de liberdade. Recatado e de poucas palavras, mas sentencioso e sábio. Expansivo nos momentos de alegria ingênua e singela. É dono de um linguajar metafórico. Faz poesia ao falar. Exímio cavaleiro, qualidade que herdou dos indígenas. Sua vestimenta original ( que hoje chamam de indumentária ) era pobre e simples, e não com tantos adereços, como as que hoje alguns se pilcham de gaúcho.

Já o gaúcho-mito é a representação construída do gaúcho. E aí entramos no terreno minado pela ideologia. Há o tipo gaúcho. O tipo humano, com suas qualidades e defeitos. E há o estereótipo, construído pela representação ideológica do gaúcho conforme interesses históricos determinados. E o mito por excelência, é o do gaúcho adâmico. Uma imagem mítica, projetada na figura difusa de um primeiro gaúcho, fundador da raça humana. Conseqüência disso, é a mitificação do passado e do próprio presente, sempre heróico e grandioso. Há toda uma mitologia de fundação do mundo e uma celebração do “ser gaúcho”, mitificada, irreal, idealizada. Infelizmente, é o que acorre com o belo e já clássico poema “Eis o homem”, escrito e recitado por Marco Aurélio Campos, que conclui com estes versos: “Sou maior que a história grega. Sou gaúcho e me chega / pra ser feliz no universo”. Há um visível exagero nessa atitude, além de uma injustificada demonstração de incultura, ao elevar as façanhas dos gaúchos acima da história grega, o que por sinal, também está na letra do hino rio-grandense. Qual a necessidade social e cultural dessa postura? No contexto da cultura universal ela cumpre um papel obscurantista e se dilui na jocosidade de uma bravata.

Então, deveríamos livrar-nos de nossos sentimentos gaúchos? Não. Mas também não podemos, como disse Hélio Jaguaribe sobre os indígenas brasileiros, querer isolar “o gaúcho” num jardim antropológico, cultuá-lo num estado primitivo e sem perspectivas humanas na vida contemporânea, mantendo-o no altar da “santa ignorância”.

Há um sentimento gaúcho, sim, que ecoa em nós. Vem desses longes, e de repente nos toca quando ouvimos um ponteio de milonga, quando chora uma cordeona, no canto de um quero-quero, ao redor de um fogo-de-chão, no olhar encantado para a vastidão do pampa, nas vozes do minuano. Nesses momentos, nosso coração é gaúcho e universal. Para isso, não precisamos novamente inventar a roda e nem cultuar a tradição como um ponto de chegada, mas sempre de partida.

Texto de Dilan Camargo - Escritor, cientista político

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Uma experiência, três dias e incontáveis amigos

                                       O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. (Fernando Pessoa)

  Dia 17 de novembro de 2008. Embarcamos, eu e a Carol, minha professora de português na época, para São Paulo. Imaginávamos e planejávamos mil coisas, mas tínhamos uma única certeza: iríamos juntas participar da semifinal da Olimpíada de Língua Portuguesa. Eram três dias de evento, em uma das maiores redes de hotéis da América Latina. Quando chegamos no hotel, parte da nossa certeza se desfez. Fomos separadas, e informadas de que nos veríamos raras vezes, apenas com permissão. Em pouco tempo eu estava sozinha em um quarto de hotel esperando minha companheira e também adversária de competição.

  Dividir o quarto com uma pessoa que eu nunca tinha visto era estranho. Mas depois dos primeiros minutos já éramos amigas de infância. A distância de tudo e de todos, fez com criássemos vínculos de amizade muito fortes com os outros participantes. Na noite do dia 17, já sabíamos que aquela viagem representava muito mais que uma simples competição. Participar da Olimpíada foi uma experiência única. Não pelo lugar em que aconteceu, mas pelas pessoas com quem convivi. Fomos extremamente valorizadas quanto alunos e professores. Percebemos o quanto é importante a valorização da educação.
  
  A convivência com jovens de um Brasil que poucos conhecem, foi encantadora. Foram três dias muito intensos. Neles fizemos amigos que jamais esqueceremos. Como premiação todos nós, participantes, recebemos uma medalha de bronze e livros. Mas eu voltei com muito mais na bagagem. Voltei com muitos amigos, com conceitos renovados, uma forma diferente, e até mais humilde, de ver as pessoas. Mais do que isso, voltei para casa com muita história para contar, e com uma experiência que marcou minha vida. Cada um estava lá, representando um estado, uma cultura, uma realidade, uma historia de vida. Hoje, dois anos depois, ainda converso com algumas pessoas que conheci lá. São amizades verdadeiras e essenciais para mim. 

Texto para a disciplina de Leitura e Produção de Textos III - Esse acontecimento/momento marcou minha vida

sábado, 28 de agosto de 2010

Estatísticas mudam o futuro de um país

Pesquisas são como perfumes, boas para cheirar e perigosas de engolir. (Shimon Peres )

Há cada dois anos é sempre a mesma coisa. As eleições, sejam elas para presidente e governador ou para prefeito, sempre trazem promessas baratas, discursos clichês e rivalidades. Mas o mais interessante são as pesquisas eleitorais. Elas têm uma credibilidade muito forte, por isso um apelo tão grande com os eleitores. Afinal, quem vai questionar uma pesquisa exibida em horário nobre na rede nacional? Como toda a regra tem a sua exceção, há aqueles que não confiam nas pesquisas e afirmam que elas não consultam um número considerável de pessoas. De outro lado, os especialistas em estatísticas defendem o seu trabalho.

O fato é que as pesquisas existem, são diariamente veiculadas na mídia e chegam ao conhecimento de milhões de brasileiros. E sim, elas influenciam na decisão do voto. Infelizmente as pessoas pensam muito em “não colocar o voto fora”, que em outras palavras seria não votar em alguém que não vai se eleger. Neste caso, o mais sensato a fazer é digitar na urna eletrônica o número do candidato o qual as pesquisas indicam a vitória. E assim a democracia, que nada mais é que o respeito pela vontade da maioria, é de certa forma violada. Os eleitores precisam valorizar o poder de escolha que possuem, e votar com consciência, independente de pesquisas eleitorais. 


Texto para a disciplina de Leitura e Produção de Textos III - Pesquisas eleitorais influenciam eleitores?

A pior dor do mundo



Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dói. Bater a cabeça na quina da mesa, dói. Morder a língua, dói. Cólica, cárie e pedra no rim também doem. (Martha Medeiros)
Para uns, a pior dor do mundo não é física, é emocional. Como perder um filho, os pais, ou um grande amor, pode ser até mesmo a saudade. Para outros, a maior dor é a do parto, ou dor de dente, ou de ouvido. A verdade é que ninguém sabe qual é a pior dor do mundo. Sempre me questionei a respeito disso. Quando alguém me pergunta “Tá doendo muito?”, eu não sei o que responder. A minha vontade é dizer, sim, sim, dói muito, mais do que tu imaginas. No entanto, paro e penso que certamente aquilo seria um exagero.
Nossas dores sempre são as maiores, as piores, as mais difíceis de suportar. Não existe a pior dor. Existe sim, a pior dor que determinada pessoa já sentiu. Precisamos de experiências para poder fazer comparações. Com as dores, não é diferente. Pra quem nunca perdeu alguém, nem sofreu um grande acidente, um pequeno corte no dedo pode ser incrivelmente doloroso. Já para aqueles que sofreram grandes perdas, as pequenas feridas são insignificantes. 


Texto para a disciplina de Leitura e Produção de Textos III - Não existe uma dor maior que a outra

Os e-books vão dominar o mundo?



Os livros sempre levaram distração às pessoas. Mais do que isso, eles levam conhecimento, cultura. Mas todos nós sabemos que livros são caros, sem falar na agressão à natureza, já que livros são feitos de papel, papel de celulose e essa vem da madeira, muitas vezes obtida de forma ilegal. Eis que surge a internet e com ela os livros eletrônicos, também conhecidos como e-books. E com eles a dúvida se o fim do livro impresso estaria próximo. Não acredito nisso.

Apesar da saber das muitas vantagens agregadas aos livros virtuais, como o baixo custo, a possibilidade de carregar a sua biblioteca para onde bem entender, acredito que os livros materiais e os eletrônicos, vão conviver juntos, agradando consumidores diferentes. É bem provável que as novas gerações prefiram ler em um tablet, mas quem criou o gosto pela leitura, virando as páginas de um livro, nunca vai abandoná-lo. É uma questão cultural, e de hábito até. Que venham os e-books e suas facilidades, e que sobrevivam os livros materiais, para continuarem a levar magia às leituras das pessoas que, assim como eu, não vivem sem eles. 


Texto para a disciplina de Leitura e Produção de Textos III - Livro material ou virtual?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Amor que não se mede

Manhã de um dia qualquer de outubro de 2001. Eu tinha 10 anos. Ela carregava um envelope na mão e disse que precisava dar uma notícia. Imaginei mil coisas. Curiosidade. Ele nasceria em junho do próximo ano. Alegria e choque ao mesmo tempo. Depois de muito tempo eu já havia desistido de não ser filha única. Minhas esperanças já tinham acabado, já estava conformada. Mas aquela notícia me deixou feliz, muito feliz. E com ciúmes também. O tempo passou, a barriga cresceu, assim como o meu amor por aquela criança. Copa de 2002 acontecendo, e nós no hospital. Esperávamos a chegada dele. Fazia frio, muito frio, até que ele foi acolhido no calor da família.
Acompanhar uma criança crescer é indescritível. Acolher nos braços, alimentar. Ver o primeiro sorriso, a primeira vez que fica sentado. Presenciar a primeira palavra, que você mesmo incentivou a sair daquela pequena boca. Os primeiros passos. As brincadeiras e risadas. Ajudar a escrever o próprio nome, e depois de pouco tempo auxiliar na construção de histórias.
Quase onze anos separam eu e meu irmão, mas e daí? Inúmeras vezes as pessoas falavam comigo como se ele fosse meu filho. De certa forma elas não estavam erradas. Nós brigamos, discutimos, ele diz que não gosta de mim, que não me ama. Eu brigo com ele, coloco de castigo. Mas depois tudo passa e voltamos a rolar no chão contando histórias, sonhando. Ele é meu orgulho. Confesso que fico irritada, pra não dizer com ciúmes, quando a mãe ou o pai começam a contar as façanhas dele por aí. Quando contam o quão bom ele é em matemática, apenas com 8 anos. Na verdade essa facilidade com os números já existe há uns três anos. Apesar do ciúme, quando eu conto as histórias dele, me encho de orgulho. E apesar da nossa grande diferença de idade, nós conversamos e palpitamos. Ele diz por exemplo, que tal roupa está bem ou não em mim. Que o esmalte vermelho combina mais comigo. Me conta o que fez na escola, o que assistiu no desenho e também o nível em que está nos joguinhos do video game. Temos uma relação de cumplicidade, de amor, de irmandade. E meus pais que me perdoem, mas se existe alguém por quem eu daria a vida, com certeza seria por ele. 

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Honestidade

O assunto surgiu em meio a uma conversa qualquer. Se você achassasse uma carteira, ou uma quantia significativa de dinheiro, o que faria? Ouvi com atenção a resposta das pessoas. Todos, sem exceção, disseram que não devolveriam o dinheiro, ou que ficariam com um pouco e devolveriam a outra parte. Algaram que diriam "Foi só isso que eu encontrei". Pra finalizar, comentaram que achavam um absurdo a pessoa "idiota" que devolve o que encontrou não receber uma recompensa, um bônus, ou seja lá o que for. Depois dessas, preferi ficar calada. Mas preciso desabafar aqui. Sabem o que eu acho um absurdo? As pessoas serem homenageadas, receberem medalhas e honrarias, por terem cumprido com o seu papel de cidadão honesto. Não é raro ver na televisão crianças, homens e mulheres serem colocados em um pedestal porque fizeram aquilo que era o certo. Em que mundo vivemos afinal, onde um ser humano se torna heroi pelo simples fato de devolver ao dono o que lhe é de direito. Não me conformo. Depois desse discurso, é óbvio que eu não ficaria com nada que não é meu. Chamem de careta, burra, idiota, o que quiserm. Mas eu sei que a noite, quando eu colocase a cabeça no traveisseiro, eu dormiria tranquila.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Essenciais

Amigo adj. 1. que é ligado a outrem por laços de amizade. 2. V. Amigável. sm. 3. Homem amigo (1). 4. Companheiro; protetor.


Amizade sf. Sentimento fiel de afeição, apreço, estima ou ternura entre as pessoas.



É interessante e complexa a relação entre amigos. Por outro lado comum e compreensível. É complexa porque nunca sabemos quando uma amizade pode começar nem porque ela começa. Sempre tive muitos amigos, mas muitas vezes acreditei não ter nenhum. Estava enganada, ufa. Tem uma galera aí que eu sei que posso contar. É difícil definir o que é amigo, o que é amizade. Pra mim eles são divididos em tipos, categorias, ou qualquer coisa do tipo. Tem aqueles amigos de festa. Jantas, baladas, saídas. Dançar, beber, rir, beijar, comentar, ajudar. Companheirismo, cumplicidade, segredos. São amigos, mas fora das festas o diálogo não passa de “Oi, tudo bem?”, e nem temos tempo de responder, porque já estamos do outro lado da rua. E os amigos de escola? Que não tem? Durante muitos anos, intermináveis anos, eles estavam lá, toda manhã. Era pra casa deles que nós íamos, era com eles que compartilhávamos segredos. Diversão, micos, estudo, aprendizado, cumplicidade, companheirismo, farras, bagunças. Compartilhar. Compartilhar conhecimento, problemas, alegrias, tristezas, incertezas, medos, vitórias. No entanto o tempo passa, o ensino fundamental termina, o ensino médio termina, e todos se afastam. Eventualmente se esbarram na rua, trocam algumas palavras, relembram os velhos tempos, e dizem que estão felizes por ver um o outro. Claro que com alguns é diferente, mas se é diferente, é porque não eram simples amigos de escola. Aí vem a faculdade e se misturam os amigos de festa com os de escola. Matar aula, rir, beber, sair, festa, trabalhos, madrugadas, tardes, noites, manhãs. Companheirismo, cumplicidade, solidariedade,conselhos, aceitação, brincadeiras, diversão, seriedade, paciência, estresse, explosão. Superficialidade. Sempre há exceções, que fique claro. E os amigos de infância? Ahh, os amigos de infância. Eles fizeram parte da parte mais inocente da nossa vida. Brincadeiras, sonhos, inocência, cumplicidade, companheirismo. Pena que a maioria deles fica lá, nessa parte da nossa vida. Alguns. Porque outros crescem conosco, e acabam por fazer parte de um dos outros “grupos” dos quais já falei. Porém existe aquele amigo de infância, que tu perde o contato, mora longe. E quando nos falamos, é como se ele morasse do lado da nossa casa. É como se conversássemos todos os dias, sobre tudo. E depois dizem que é fácil definir uma amizade. Ainda existem aqueles com quem o contato foi breve, rápido, mas que se tornaram os melhores amigos. Uma relação inexplicável, quase incompreensível. Quase não, incompreensível mesmo. Agilidade, instantaneidade, afeto, sonhos, compreensão, cumplicidade, companheirismo, risos, piadas, choros. Alegrias, tristezas, inseguranças, medos, fobias. Amores, decepções, desabafos. Farras, comemorações, “leseiras”, inutilidades. Brigas, discórdias, puxões de orelha, conselhos. Enfim, amizade.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Quem tem medo da câmera?

Na nossa primeira aula de telejornlismo, a professora Fabiana perguntou quem estava com medo das aulas, da disciplina como um todo. Vocês lembram? Poucos se acusaram. Mas vamos confessar, todos nós ficamos nervosos na gravação do primeiro boletim. Depois veio a nota coberta e a gravação do off, que foi bem mais tranquila Por fim tivemos a experiência da produção de um tele de cinco minutos. Nosso primeiro tele, todo nosso. Era um tal de definir pauta, marcar com os entrevistados, desmarcar, marcar mais uma vez. Gravar as sonoras, fazer os off's, editar, preencher scripts e espelho, e a gravação da apresentação. Ufa! Deu tudo certo e foi bastante gratifcante. As câmeras e microfones não assustam mais e a bancada está mais próxima. Sim, estamos preparados. Podemos fazer Produção em Tele I. Sem dúvida esse foi um semestre rico em aprendizado, e é isso que nos motva a ir para a Unisc. Faça chuva ou faça sol, estaremos lá. Porque sabemos que vale a pena.

Escrito originalmente dia 25 de junho de 2010 para o blog Telejornalismoempauta

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Quase inacreditável

Quem conhece a Vanessa e fica sabendo dessa história, não acredita nela. Não precisa conhecer muito, só ter trocado algumas palavras talvez. Nos surpreendemos com as atitudes das pessoas. Quando eu soube de tudo, acho que ela me contou tudo, chamei ela de louca, irresponsável. Era o mínimo. A Nessa ria e dizia que eu tinha razão. Aquilo havia sido uma tremenda falta de juízo, ela afirmava. Mas com um sorriso nos lábios, ela agradecia por pelo menos uma vez na vida não ter sido responsável, por não ter pensado no perigo, na locura. Sim. Ela estava muito feliz por o que tinha acontecido. Definitivament estava feliz. Eu continuo achando, ou melhor, tendo certeza, de que a Nessa que eu conhecia não faria aquilo. Não ela que sempre foi um pouco tímida e medrosa, e sempre tinha medo de um novo desafio

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma fábrica de sonhos

A viagem ao Rio tinha como objetivo principal a visita ao Projac, a Central Globo de Produções. Não pensem que é fácil, há muito tempo  coordenação do curso de Comunicação da Unisc tentava essa visita.
Fomos no dia 28 de maio, por volta das dez da manhã. Conhecemos a fábrica de cenários, a produção de figurino, o acervo de figurino, o estúdio da novela Escrito nas Estrelas, a cidade cenográfica da novela Passione, o Rocket da Malhação e também o Primeira Opção. Além disso tivemos a oportunidade de conversar com o diretor da Malhação, Mário Bandarra.
Conhecemos os bastidores dessa grande emissora que é a Rede Globo. Por vezes me senti meio burra. "Como eu nunca pensei que era assim?". Agora eu assisto novela e digo"eu fui lá", "aquilo não é pedra, é madeira", "aff, tudo isopor", "se vocês repararem, todos os casamentos são nesa igreja", e assim vai.
Foi uma visita muito gratificante e de grande aprendizado. Vimos a Globo além de uma emissora onde trabalham famosos. Conhecemos uma empresa organizada. Era a rotina de seis mil pessoas, que ralam todo dia para que possamos sentar no sofá e curtir aquela novelinha, ou qualquer outro programa.

O Rio de Janeiro continua lindo

Confesso que eu sempre dizia que o Rio era uma das últimas cidades que eu queria conhecer. Hoje eu vejo como era tolinha (hehehe). Quando li no blog do curso que a viagem deste ano seria para o Projac e que as vagas eram limitada, dei um jeito de garantir logo o meu lugar. Tudo confrmado, data marcada. Sairíamos dia 27 de maio e voltaríamos dia 29. Eram só três dias.
Antes da "partida" a ansiedade era grande. Um lugar novo com pouco tempo para ser explorado. Uma cidade com fama de maravilhosa e de violenta, sem seguraça. Além disso eu ia dividir o quarto com duas gurias que eu nem sabia direito quem era. Mas tudo bem, ia valer a pena, e valeu.
Além da programação do grupo que incluia Projac, Cristo e Pão de Açúcar, a minha tinha algo especial: rever um amigo depois de quase dois anos. Combinei com o Elson, antigo colega de Olimpíada, hoje grande amigo, de nos encontrarmos. Almoçamos juntos na casa dele em Niterói, e passamos a tarde juntos.
Agora eu entendo porque o Rio de Janeiro é a cidade maravilhosa. O lugar é incrível, liiindo. Não tivemos problema nenhum com segurança, foi muito tranquilo. E as companhias foram as melhores possíveis.
Voltei dizendo que viagens curtas me perseguem. Mas agora encaro elas como positivas, são curtas e intensas. O tempo foi bem aproveitado no Rio, não ficamos parados. Estreitei amizades e fiz tantas outras. Enfim, foi tudo perfeito Ou quase tudo. Ficamos só três dias, choveu, o cristo tava em reforma...











Último grito

A 5ªedição do Focas do Q? infelizmente já acabou. E modéstia a parte, em grande estilo. Mas eu não podia deixar de fazer mais esse registro.

Eu, a Juliana e a Thamires, escrevemos sobre a Copa do Mundo no mundo. Quando a pauta foi definida, eu logo pensei em entrar em contato com um sul-africano. Mas não foi fácil! Consegui o email de dois, que me passaram para outro, que passaram para outro... Queríamos um adolescente que nos contasse quais eram as expectativas dele com o mundial. Encontrei um menino de 16 anos, enviamos as perguntas e ele não respondeu. Acabamos entrevistando o Luambo wa-ha Mabaso, de 27 anos, que nos passou informações bem interessantes.

Então, hoje eu abro o meu email, e adivinhem? O guri respondeu! E eu tinha que compartilhar as expectativas dele com vocês. Abaixo seguem as respostas do Herman Siebert, 16 anos, sul-africano.

"Quando veio a notícia de que a África do Sul iria sediar a Copa do Mundo 2010, estávamos todos muito animados. Mas a medida que o tempo passava surgiram muitas dúvidas sobre a capacidade do país receber um grande evento como este.
Minhas expectativas para esta Copa do Mundo são a melhores. Penso que este vai ser o mais emocionante e espetacular evento da Copa do Mundo. E acredito que Bafana Bafana estão indo para ganhar. Penso que temos o potencial, empenho e dedicação, apesar de todas as opiniões negativas que as pessoas possam ter.
Sim, nós africanos somos realmente apaixonados por futebol, tanto o local quanto o internacional. Na África do Sul, o futebol é muitas vezes conhecido como Diski, por isso a Diski Dance.
Não há uma parte da África do Sul em que o futebol não seja jogado com paixão. Todos nós estamos muito animados para a Copa do Mundo e não pensamos duas vezes em faltar à escola a fim de assistir aos jogos.
Houve muitas pessoas engraçadas que pintaram seus corpos e dançavam nas ruas cantando hinos.
Penso que a equipe de futebol sul-africano; Bafana Bafana, vai ganhar a Copa do Mundo de 2010, e estou apoiando eles de coração.
Muitas pessoas torcem pelo Brasil, mas a África do Sul é a nova favorita.
Eu não jogo futebol, mas estou ciente das famosas estrelas do futebol brasileiro e da sua reputação pelas habilidades notáveis em termos de controle sobre a bola.
Claro que eu não vou perder a oportunidade de assistir os jogos nos estádios, mas quando não for possível eu ir, assistirei os jogos em casa com meus amigos".


domingo, 16 de maio de 2010

No ritmo da Copa

Na primeira vez em que o Campeonato Mundial de Futebol chega ao continente, a África do Sul se prepara para receber os turistas em ritmo africano. É a Diski Dance que tá fazendo o maior sucesso por lá. "Esqueça a macarena. Esqueça o moon walk", publicou um site de notícias sul africano.


A Diski Dance, é constituída por uma série de movimentos que lembram o futebol. A dança foi parar na telinha, em forma de informe publicitário para o turismo sul africano, com o objetivo de gerar emoção no exterior antes do Mundial de 2010.

O anúncio vai ao ar em canais globais, incluindo CNN, BBC, Eurosport e Skysport que antecederam o pontapé inicial da Copa do Mundo, em 11 de Junho de 2010, dando aos fãs do futebol a chance de aprender os movimentos e "sentir o ritmo do futebol Africano".

Assita o comercial aqui.

E a música oficial da Copa, vocês conhecem?

Segundo o mesmo site de notícias linkado antes, "Waka Waka - This time for Africa", exprime a energia e a vitalidade do continente Africano. A música dáuma prévia do que os fãs de futebol irão encontrar na África do Sul: vivacidade e dinamismo.

Ouça a música oficial da Copa do Mundo 2010.

Texto escrito para o blog Focas do Q?

Em busca das fontes ideais

Vida de jornalista não é fácil, imaginem a de nós focas, que não temos experiência em redações. Eu acrescentaria mais uma coisinha ao texto do Renan: jornalista também é investigador. Investigar. Talvez seja essa a tarefa mais importante do jornalista, assim como a mais difícil e a mais gratificante. Nós, os focas da 5ª edição do projeto, estamos nessa “fase” do processo. Estamos investigando. Com nossas pautas em mãos, corremos atrás dos melhore cases, das fontes ideais. Quando conseguimos o contato de alguém que parece perfeito para a nossa pauta, explodimos de alegria, e de alívio também. Mas às vezes o fulano “não serve”, e indica o beltrano. Menos mal, né? Acontece que o beltrano, não é a fonte ideal em todos os aspectos, ele não está na faixa etária que a pauta exige. E adivinhem? Lá se vai mais uma fonte. No entanto, não desistimos e continuamos investigando alguém que se encaixe naquilo que queremos. Até que depois de muito trabalho, encontramos as pessoas certas. E é chegada a hora de colocar tudo no papel, ou melhor, no computador.

Texto ecrito parao blog Focas do Q?

sábado, 17 de abril de 2010

Aqueles três dias

É inevitável deixar de falar da OLPEF aqui. Pra quem não sabe, OLPEF signica Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro. Essa semana começaram a ser exibidos na TV o comercial da segunda edição, que acontece esse ano, dois anos depois da primeira, dois anos depois de eu ter participado e de muita coisa mudar na minha vida.


Fazendo um grande resumo sobre a minha participação: escrevi o tal artigo de opinião e não lembrei mais de esperar resultado sobre os selecionados. Meses depois veio a notícia que eu era uma semifinalista e que iria participar de oficinas em São Paulo, com tudo pago. Fiquei feliz, claro, mas encarei como uma viagem de estudos bem chata. Enquanto o dia da viagem não chegava, uma das organizadoras da OLPEF falou para a Carol, minha professora de português, que seria a nossa viagem dos sonhos, e eu ri. E não é que eu devia ter levado aquilo a sério? A participaçaõ na semifinal da olimpíada foi algo incrível, mas que muitos não entendem.
Fiz amigos inesquecíveis em apenas três dias, aprendi sobre a cultura dos outros estados, fui valorizada enquanto aluna, entre tantas outras coisas. Enfim, posto sobre detalhes depois, mas quem conhece alguém que pode participar esse ano, incentivem, vale muito a pena.

Focaiada

Há duas semanas se deu o início a 5ª edição do Focas do Q?. esse ano eu faço parte da equipe, junto com mais 15 colegas da comunicação, de diferentes habilitações. A edição promete, e vem várias novidades por aí!



Na foto, toda a equipe menos eu, que não pude comparecer na primeira reunião :/.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reflexões

Era uma excursão de fim de ano, em que as crianças vão para parques aquáticos. Chovia. A água escorria pela janela e eu observava os carros a passar. Caminhões e ônibus também. Em meio ao desânimo do mau tempo comecei a imaginar como eram as vidas daquelas pessoas que passavam por mim. Donas de casa e trabalhadores? Pessoas que já sofreram grandes perdas e que continuam levando a vida com alegria. Quantos deles poderiam ensinar algo? Todos, quem sabe...Imaginei histórias para cada veículo, algumas absurdas, outras nem tanto. Cheguei a conclusão que meu dia chuvoso não era um problema. Cheguei no tal parque e chovia muito, mas mesmo assim fui levar meu irmão nas piscinas, E quer saber? Foi bem divertido.

domingo, 4 de abril de 2010

Faço parte dessa história

Ontem, primeiro de março, foi inaugurado o novo prédio da escola Sotero, onde eu fiz todo o ensino fundamental. Nostálgica que sou, foi super emocionante esse dia, não só pelos dez anos que eu estudei lá, mas porque lá foi, e continuará sendo, meu segundo lar. Se hoje eu faço jornalismo, é porque lá eu aprendi as primeiras letras. Se tenho cicatrizes, é porque muito brinquei e corri por aquele pátio e, algumas vezes me machuquei. Minha mãe dava aula naquela escola enquanto eu crescia dentro do útero dela. Eu nem sabia escrever meu nome, e ia para a escola “brincar” de aluna e de professora. Recordo do meu primeiro dia de aula, das brincadeiras do parquinho: pega-pega (eu sempre perdia..), “Cadê o doce daqui? Tá mais em cima...”. Ahhh, os tradicionais galetos para comemorar o aniversário da escola. Gincanas, amores, amigos, teatros, tentativas de filmes, coral, artesanato, feira do livro e de ciências, micos, sustos, boas e más experiências. Enfim, histórias para contar.
Concluí a a oitava série na Sotero em 2005, com a esperança da tal reforma. No ano seguinte a escola se mudou para um espaço improvisado, onde ficou por três anos. Não estudei nos “galpões da Br”, mas com certeza valeu a pena a espera. Ontem, pais, alunos e outras pessoas, conheceram um espaço pronto e organizado, no entanto eles não imaginam o trabalho que deu tudo isso. Nos últimos meses, ao contrário das outras escolas que ficam “mortas” nas férias, a Sotero era um movimento só, todos os dias. Eram grades sendo colocadas, ventiladores, internet, telefone, a limpeza e organização do pátio e do prédio, isso sem falar na quantidade de coisa para colocar no lugar. Fui alguns dias lá ajudar. Organizei boa parte da biblioteca, que me rendeu “uma baita dor nas costas”, carreguei livros, classes, cadeiras, quadros. Ajudei nos últimos detalhes, o alinhamento das classes, as flores nos canteiros...
Tenho orgulho de dizer que faço parte da história dessa escola, e também de poder dizer que ajudei, um pouquinho só, a tornar aquele prédio na referência que é hoje.
Escrito originalmente em 2 de março de 2010.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Exemplos



Estava assistindo no Globo Repórter uma reportagem sobre idosos, e todo o espaço que eles vem conquistando. Mostraram os com mais de cem anos, os que estão aprendendo a ler, os modelos, e outras coisitas. Lembrei dos meus avôs. Domingo passado, no sítio, o S. Manoel Antônio se apresenta em pernas de pau. Sim, meu avô com quase oitenta anos, 78, pare ser mais exata, andando em pernas de pau que ele mesmo tinha feito. Não eram altas claro, e tinham onde se segurar, mas mesmo assim ele foi o único que conseguiu se equilibrar em cima daquilo. E ainda fazia graça, dizia: "olha, dá até pra dá uma sambadinha", esnobando os mais novosna sua performance. Já meu outro avô, completa 95 anos na segunda. Há mais de 90 anos morando e trabalhando na mesma estância. Como diria ele, “Eu tenho um tipo de temperamento que não admite parar muito. Eu fico nervoso se não tiver em atividade”. E assim é o S. Luiz, um homem que sempre foi do campo, que não aprendeu a ler nem a escrever, mas que com certeza se expressa melhor que muito acadêmico. Em uma entrevista, em 2005, ele disse que tinha um ditado que dizia "nem tudo que se faz é escrevendo, e nem tudo que se aprende é lendo".
Esses dois homens são exemplos de vida pra mim, ouvir as histórias e a perspectiva de tempo que eles têm, me encantam. Outro dia, o vô Luiz falava sobre uns cavalos, minha tia falou o nome de um, e ele disse: "Não minha filha, esse é bem recente, faz uns cinquenta anos, o que eu tô falando é um cavalo que tinha lá logo que fui morar". Realmente, pra alguém que nasceu em 1915, cinquenta anos atrás, não é tanto tempo.