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sábado, 17 de abril de 2010

Aqueles três dias

É inevitável deixar de falar da OLPEF aqui. Pra quem não sabe, OLPEF signica Olimpíada de Língua Portuguesa - Escrevendo o Futuro. Essa semana começaram a ser exibidos na TV o comercial da segunda edição, que acontece esse ano, dois anos depois da primeira, dois anos depois de eu ter participado e de muita coisa mudar na minha vida.


Fazendo um grande resumo sobre a minha participação: escrevi o tal artigo de opinião e não lembrei mais de esperar resultado sobre os selecionados. Meses depois veio a notícia que eu era uma semifinalista e que iria participar de oficinas em São Paulo, com tudo pago. Fiquei feliz, claro, mas encarei como uma viagem de estudos bem chata. Enquanto o dia da viagem não chegava, uma das organizadoras da OLPEF falou para a Carol, minha professora de português, que seria a nossa viagem dos sonhos, e eu ri. E não é que eu devia ter levado aquilo a sério? A participaçaõ na semifinal da olimpíada foi algo incrível, mas que muitos não entendem.
Fiz amigos inesquecíveis em apenas três dias, aprendi sobre a cultura dos outros estados, fui valorizada enquanto aluna, entre tantas outras coisas. Enfim, posto sobre detalhes depois, mas quem conhece alguém que pode participar esse ano, incentivem, vale muito a pena.

Focaiada

Há duas semanas se deu o início a 5ª edição do Focas do Q?. esse ano eu faço parte da equipe, junto com mais 15 colegas da comunicação, de diferentes habilitações. A edição promete, e vem várias novidades por aí!



Na foto, toda a equipe menos eu, que não pude comparecer na primeira reunião :/.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Reflexões

Era uma excursão de fim de ano, em que as crianças vão para parques aquáticos. Chovia. A água escorria pela janela e eu observava os carros a passar. Caminhões e ônibus também. Em meio ao desânimo do mau tempo comecei a imaginar como eram as vidas daquelas pessoas que passavam por mim. Donas de casa e trabalhadores? Pessoas que já sofreram grandes perdas e que continuam levando a vida com alegria. Quantos deles poderiam ensinar algo? Todos, quem sabe...Imaginei histórias para cada veículo, algumas absurdas, outras nem tanto. Cheguei a conclusão que meu dia chuvoso não era um problema. Cheguei no tal parque e chovia muito, mas mesmo assim fui levar meu irmão nas piscinas, E quer saber? Foi bem divertido.

domingo, 4 de abril de 2010

Faço parte dessa história

Ontem, primeiro de março, foi inaugurado o novo prédio da escola Sotero, onde eu fiz todo o ensino fundamental. Nostálgica que sou, foi super emocionante esse dia, não só pelos dez anos que eu estudei lá, mas porque lá foi, e continuará sendo, meu segundo lar. Se hoje eu faço jornalismo, é porque lá eu aprendi as primeiras letras. Se tenho cicatrizes, é porque muito brinquei e corri por aquele pátio e, algumas vezes me machuquei. Minha mãe dava aula naquela escola enquanto eu crescia dentro do útero dela. Eu nem sabia escrever meu nome, e ia para a escola “brincar” de aluna e de professora. Recordo do meu primeiro dia de aula, das brincadeiras do parquinho: pega-pega (eu sempre perdia..), “Cadê o doce daqui? Tá mais em cima...”. Ahhh, os tradicionais galetos para comemorar o aniversário da escola. Gincanas, amores, amigos, teatros, tentativas de filmes, coral, artesanato, feira do livro e de ciências, micos, sustos, boas e más experiências. Enfim, histórias para contar.
Concluí a a oitava série na Sotero em 2005, com a esperança da tal reforma. No ano seguinte a escola se mudou para um espaço improvisado, onde ficou por três anos. Não estudei nos “galpões da Br”, mas com certeza valeu a pena a espera. Ontem, pais, alunos e outras pessoas, conheceram um espaço pronto e organizado, no entanto eles não imaginam o trabalho que deu tudo isso. Nos últimos meses, ao contrário das outras escolas que ficam “mortas” nas férias, a Sotero era um movimento só, todos os dias. Eram grades sendo colocadas, ventiladores, internet, telefone, a limpeza e organização do pátio e do prédio, isso sem falar na quantidade de coisa para colocar no lugar. Fui alguns dias lá ajudar. Organizei boa parte da biblioteca, que me rendeu “uma baita dor nas costas”, carreguei livros, classes, cadeiras, quadros. Ajudei nos últimos detalhes, o alinhamento das classes, as flores nos canteiros...
Tenho orgulho de dizer que faço parte da história dessa escola, e também de poder dizer que ajudei, um pouquinho só, a tornar aquele prédio na referência que é hoje.
Escrito originalmente em 2 de março de 2010.