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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um dia qualquer


Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida. Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro. Carlos Drummond de Andrade

O sol que iluminava o dia lá fora foi encoberto pelas nuvens e o vento chega com força. Aqui dentro, estou sozinha e sem energia elétrica. Temos esse problema aqui em casa, qualquer manifestação do tempo resulta na falta de luz. Por falar em manifestação do tempo, começou a chover. Sem internet, sem TV, sem rádio e até sem sinal no celular. Fico isolada do resto do mundo, mas concentrada no meu. Olho a minha volta. Várias fotos pelo meu quarto. Quantas pessoas há nelas? Quantas histórias elas guardam? Algumas delas juraram amizade eterna, outras fizeram parte da minha infância ou de momentos inesquecíveis. Mas são poucas as que eu ainda tenho contato, as que eu sei que eu posso telefonar a qualquer hora do dia para rir ou chorar. Mas amanhã ou depois, essas pessoas podem ser substituídas por outras que aparecerão, e assim a vida segue. Olhando essas fotografias posso perceber como eu me apego as pessoas, ou melhor, a dificuldade que eu tenho em me desapegar delas. Lá fora ainda chove. Aqui dentro a energia ainda não voltou.

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