"Palavras não dizem o que o meu coração gostaria de falar"
(Menina das covinhas no sorriso, 2008)
Não lembro do primeiro dia em que eu vi aquele sorriso com aquelas covinhas. Mas lembro do último dia que o vi, o que não significa que não o verei mais.
A menina das covinhas chegou na minha vida há muitos anos e eu sempre jurei que ela nunca sairia. Lembro de momentos triviais que vivi com ela. Lembro dela chorar em meu ombro tantas outras. No entanto, a grande maioria dos momentos foram de riso. Aquele riso que só ela tem. Aquelas crises de riso que só ela NUNCA consegue controlar.
Quando crianças, brincamos juntas. Esses dias, ainda assisti um DVD com minhas festas de aniversário e, depois de um determinado ano, ela sempre estava lá. Brincamos de boneca, contra a vontade dela, que nunca gostou muito. Estudamos. Nos tornamos adolescentes. E nesse período veio a inevitável aborrescência. Mas aquele sorriso com covinhas, sempre estava do meu lado.
Chegou aquele dia da despedida, as pessoas se abraçavam e diziam não acreditar que não se veriam mais. E eu pensava: "Nunca vou deixar de ver o sorriso com covinhas". O que de fato aconteceu. A frequência não é mesma de alguns anos atrás, a afinidade pode ter mudado um pouco, e nós mudamos também. O sorriso? Esse continua o mesmo, e quando o vejo, percebo que nada mudou.
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