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domingo, 4 de abril de 2010

Faço parte dessa história

Ontem, primeiro de março, foi inaugurado o novo prédio da escola Sotero, onde eu fiz todo o ensino fundamental. Nostálgica que sou, foi super emocionante esse dia, não só pelos dez anos que eu estudei lá, mas porque lá foi, e continuará sendo, meu segundo lar. Se hoje eu faço jornalismo, é porque lá eu aprendi as primeiras letras. Se tenho cicatrizes, é porque muito brinquei e corri por aquele pátio e, algumas vezes me machuquei. Minha mãe dava aula naquela escola enquanto eu crescia dentro do útero dela. Eu nem sabia escrever meu nome, e ia para a escola “brincar” de aluna e de professora. Recordo do meu primeiro dia de aula, das brincadeiras do parquinho: pega-pega (eu sempre perdia..), “Cadê o doce daqui? Tá mais em cima...”. Ahhh, os tradicionais galetos para comemorar o aniversário da escola. Gincanas, amores, amigos, teatros, tentativas de filmes, coral, artesanato, feira do livro e de ciências, micos, sustos, boas e más experiências. Enfim, histórias para contar.
Concluí a a oitava série na Sotero em 2005, com a esperança da tal reforma. No ano seguinte a escola se mudou para um espaço improvisado, onde ficou por três anos. Não estudei nos “galpões da Br”, mas com certeza valeu a pena a espera. Ontem, pais, alunos e outras pessoas, conheceram um espaço pronto e organizado, no entanto eles não imaginam o trabalho que deu tudo isso. Nos últimos meses, ao contrário das outras escolas que ficam “mortas” nas férias, a Sotero era um movimento só, todos os dias. Eram grades sendo colocadas, ventiladores, internet, telefone, a limpeza e organização do pátio e do prédio, isso sem falar na quantidade de coisa para colocar no lugar. Fui alguns dias lá ajudar. Organizei boa parte da biblioteca, que me rendeu “uma baita dor nas costas”, carreguei livros, classes, cadeiras, quadros. Ajudei nos últimos detalhes, o alinhamento das classes, as flores nos canteiros...
Tenho orgulho de dizer que faço parte da história dessa escola, e também de poder dizer que ajudei, um pouquinho só, a tornar aquele prédio na referência que é hoje.
Escrito originalmente em 2 de março de 2010.

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